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Mostrando postagens de 2010

SUSPIROS AO LUAR

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SUSPIROS AO LUAR Lairton Trovão de Andrade Noite alta, Lua clara, sinto vozes silenciosas. Eu jamais imaginara que o luar cheirasse à rosas. A saudade, em plena noite, com serestas ao luar, é meiguice em doce açoite, faz o amor não se apagar. A minh´alma estremecida por um bem além do mar, sonha ter boa acolhida com sussurros ao luar. Ah, quem dera que esta Lua não me fosse de ilusão! Mas que fosse a face tua, me aquecendo o coração! Eu seria bem feliz se este amor me fosse eterno. O poeta assim bem diz: Não teria mais inverno. Mas enquanto a solidão traz-me árduo mal-estar, busco amor, talvez em vão, com SUSPIROS AO LUAR. Lilian Regina de Andrade

NATAL

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez NATAL Fernando Pessoa O sino da minha aldeia, Dolente na tarde calma, Cada tua badalada Soa dentro de minha alma. E é tão lento o teu soar, Tão como triste da vida, Que já a primeira pancada Tem o som de repetida. Por mais que me tanjas perto Quando passo, sempre errante, És para mim como um sonho. Soas-me na alma distante. A cada pancada tua, Vibrante no céu aberto, Sinto mais longe o passado, Sinto a saudade mais perto. *** Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

NATAL

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez NATAL Jochen Klepper Uma estrela, no céu, a brilhar, boa nova traz para o mundo sem luz. Eis que a todos vem ela anunciar que nasceu o menino Jesus. Surgem anjos, depois, entoando melodias de raro esplendor. “Glória a Deus nas alturas”, cantando, “Paz na terra entre os homens” – amor. Vem um grupo de reis do Oriente, e pelo astro celeste guiado, cada qual com seu rico presente, adorar o menino deitado. Uma casa não teve, nem cama... Num estábulo foi repousar... Mas nasceu, como a Bíblia proclama, para o mundo perdido salvar. *** Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

MOINHO DE VERSOS

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez MOINHO DE VERSOS Paulo Leminski Moinho de versos movido a vento em noites de boemia. Vai vir o dia quando tudo que eu diga seja poesia. *** Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

LUAR DA MADRUGADA

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LUAR DA MADRUGADA Aparecido Donizetti Hernandez Hoje... Já é madrugada, Ela não aparece Co'a minha viola Pra cantar nessa noite enluarada Os versos que fiz pr'ela Bem antes da alvorada.

CARTA DE PAPAI NOEL A JESUS

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CARTA DE PAPAI NOEL A JESUS Jesus meu grande amigo, Eu não sei explicar, por que? No dia do seu aniversário Vinte cinco de dezembro, em nosso calendário Por todos os recantos do planeta É minha figura que aparece e não a sua Nas casas, nas lojas na rua, Minha foto está estampada. Há muitos representantes da minha humilde imagem Tão diferente de sua luminosa roupagem. Mas... se eu puder e for merecedor Quero ser o representante oficial do seu amor A todos os pais aflitos que não podem dar presentes E aqueles que choram amargurados, Sem teto, sem chão, largados Às agruras do tempo e sem destino. Quero sim, cantar junto a eles o seu hino De harmonia e de paz Em cada lugar onde a arma Substituiu o brinquedo As crianças aflitas e com medo Que presenciam o terror da guerra Deixando sua marca de horror Em toda Terra. É sabido também que lhe compraz Que eu visite os lares em euforia Regados pelo luxo e em falsa alegria Porque sei que eles também, são do seu rebanho E quer dar a cada um, o gan

AUSÊNCIA DE OUTRORA

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AUSÊNCIA DE OUTRORA Aparecido Donizetti Hernandez Caminho pela estrada de areião... Estrada de fofa areia branca. Olho as suas margens... Não vejo mais as verdes matas que a circundavam... Matas que haviam na minha infância. Caminho pela estrada de areião... Nas suas margens não vejo mais os cafezais Que a circundavam na minha adolescência. Vejo em suas margens o verde, Mas não mais o verde das matas E dos cafezais com brancas flores. Hoje, somente vejo o verde do canavial, O vermelho de suas chamas E o negro de sua fuligem. Minha estrada de areião branca e fofa continua aqui... Mas não mais feliz... - Falta as matas e as flores brancas do cafezal -

VOOS RAZANTES

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VOOS RAZANTES Aparecido Donizetti Hernandez 08/Dezembro/2010 - 17h06 Notívago como a coruja Que dorme o dia com olhos abertos e atentos E à noite sai a procurar... - Voos razantes da ave de rapina que procura à noite ... Vivo na noite, não na boêmia à procura de ti, de bar em bar, Vivo na noite sempre à espreita de te encontrar... Te encontrar nas madrugadas iluminadas de minha tela, Te ver ao longe na proximidade da luz que te projeta... Luz que transforma a distância em proximidade De te ver e não poder te tocar. Boêmia noite que me embriaga com seu sorriso e seu olhar, Viajo à noite em voos razantes na imaginação de te tocar, Me embriagando de seu sorriso e de seu olhar. Vem o sol a iluminar ofuscando a luz que te projeta, Te levando de novo à distância Que somente a noite em notívaga boêmia Trará de novo seu olhar

BRISA DE AMOR

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BRISA DE AMOR Aparecido Donizetti Hernandez Coração trancado, um castelo inexpugnável, Não permitindo a entrada do amor. Coração de janelas serradas - sem sol sem brisa. "Feliz" coração na dor, sem amor. Abri a janela do meu coração, E como suave brisa você adentrou, Transformando-se em furacão E agitando todo meu corpo se instalou.

NASCIMENTO E RENASCIMENTO

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez NASCIMENTO E RENASCIMENTO Gilberto Brandão Marcon Quão fugaz é a vida, quão passageira é esta estadia. É como que a ardente e etérea chama que aquece as paixões. Tão breve, com o tempo parecendo fugir rapidamente. Rápida como a agradável e suave rajada de brisa matinal. Beleza e brevidade que se unem no delicado botão de flor. De pouco adianta desprezá-la. Em nada resolve se rebelar, pois que já está predestinado, em seu nascimento, o seu fim. Um minúsculo instante em meio ao infinito tempo da eternidade. E, por um momento, o ilimitado curva-se à fragilidade do limitado. E como não sentir saudade do tempo que já se foi? Como não ficar ansioso com o destino do tempo que está por vir? Como não confrontar a expectativa do cotidiano com a esperança no eterno? Pois que no ser se confrontam forças humanas com energias da alma. Pois que a arte, no seu ver

MEU SILÊNCIO

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MEU SILÊNCIO Aparecido Donizetti Hernandez Em meu profundo silêncio estou pensando em ti, Vendo-a sonolenta na cadeira, Imagino se estás sonhando... Sonhando com o que?... Nesta viagem de sonho, De seus sonhos, Onde me encontro, Imagino estar em seus sonhos, Nesse túnel do tempo Transportando a ti para longe... Longe do meu silêncio. Silêncio que faço Em meus tortuosos pensamentos Que me transporta para perto de ti, Tentando encontrar-te nos meus sonhos, E estar em seus sonhos...

NA PONTA DO LÁPIS

NA PONTA DO LÁPIS Aparecido Donizetti Hernandez Com suas mãos em minhas mãos Desenhei as primeiras letras, Construí as primeiras palavras, Fiz os primeiros desenhos, Aprendi o alfabeto, Iniciei na gramática, Contigo aprendi matemática, Aprendendo a somar e a dividir os números. Contigo conheci deuses e semideuses Que moraram no Monte Olímpo, Passiei em cavalos alados... Contigo aprendi a conhecer os relevos, As montanhas e o planalto, A ver as estrelas e os planetas. Aprendi o que é o nível do mar, O que está acima do nível do mar, Conheci a história da humanidade, A passada e a contemporânea. Com suas mãos a gesticular me fez pensar... Conhecer o folclore: Curupira, Negrinho do Pastoreiro e Salamanca do Jarau. Contigo, a me fazer pensar, abriu-me o mundo Nos livros que me fizestes ler, reler e sintetizar. Contigo, nosso mundo está nas mãos E tu os transporta ao nosso cérebro . Não te esqueço com suas mãos em minhas mãos, E na ponta do lápis me ensinastes a escrever e a ler As primeira

OVOS DE ANU

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OVOS DE ANU Aparecido Donizetti Hernandez - Prosa - A vida no interior era boa e, ao mesmo tempo, dura: boa para a infância, onde o menino brincava com seu carro de boi feito de lata de sardinha em conserva, onde fazia dois furos, passava barbante, com gravetos furava duas pequenas laranjas ou limões sicilianos e atrelava sua junta ao seu carro de boi feito de metal. - Deitado ao chão puxava de lá para cá seu carro de boi cheio de gravetos imitando o que via no original. Esvaziava e enchia de novo... assim passava horas e horas sob a sombra do pé de carambola, onde o chão era de areia tão fina e branca que parecia talco - Ao mesmo tempo em que fazia sua lida imaginária olhava as jabuticabeiras em flor, a grande árvore de manga-espada florida, ouvia o cantar do canário-da-terra... ao longe chamava a atenção um bando de anus; e o menino quando não estava na lida com seu carro de boi, ia visitar os enormes ninhos e recolher seus ovos brancos que colocados às mãos ficavam azulados. Como po

SACO DE FARINHA

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SACO DE FARINHA Aparecido Donizetti Hernandez Camisa branca feita de saco de farinha alvejado...quarado, Embornal do mesmo pano a tira-colo, Lá se vai o menino a caminho da escolinha da vila Caminhando na estrada de areião com seus sonhos... Sonhos de não precisar ir a escola com tal traje, Que para ele era ultraje. Lá vai o menino na estrada de areão, Perseguindo em sua mente sem saber de seu destino, Tracejando a estrada na espera de nada. Lá vai o menino com seus sonhos de ter e querer Seus planos de preferir andar à cavalo, Caçar passarinho no ninho... Do que ir à escola com sua camisa branca de saco de farinha, Preferia o embornal cheio de pelotas de macaúva Em vez do "Caminho Suave". Lá vai o menino de dedos abertos Repletos de bicho de pé na estrada de areão, Com sulcos profundos feitos da roda do carro de boi... Que ele preferia ouvir o ranjer, Do que os ensinamentos escolares, Lá vai o menino, com seus sonhos...

VEM DANÇAR COMIGO!

VEM DANÇAR COMIGO! Socorro Lima Dantas Vem dançar comigo amor, vem reviver a nossa paixão, fitar o horizonte, sem pensar no que passou. Vem amor, dançar a nossa canção que o tempo não apagou, deixou marcas profundas ! e eu não consigo mais ouvi-la, sem lembrar nossos momentos, tão cheios de ternura. Nosso afago, repleto de significados, que nós dois, somente nós dois... naquele salão... naquela penumbra... e apenas o brilho do teu olhar a iluminar o meu, segredamos o nosso amor !

INGRATIDÃO

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INGRATIDÃO Aparecido Donizetti Hernandez Não convivas com a ingratidão, Se fizeres sempre algo Para ajudar a outrem Não espere o reconhecimento de seus atos, Sejas altruísta, isso a ti sempre contará... Não esperes a gratidão Como reconhecimento de tais atos, Espere, somente, que a ti Seus atos o deixará em Paz. Se a ingratidão for a única resposta a seus atos, Entenda que há os sugadores da benevolência alheia, Que somente aos ingratos faz mal Não lhes dando a Paz que tu encontras Em seus atos de benevolência e amor. Tu que pregas a Paz, Pratique-a em todos os seus grandes e pequenos atos

II ENCONTRO PAULISTA POETAS DEL MUNDO

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Queridos(as) amigos(as) Poetas e Poetizas Em virtude da dificuldade de muitos poetas em inscrever-se, abolimos nossa taxa de inscrição de R$30,00. O evento se dará em um só dia conforme a programação abaixo. Contamos com todos e aqueles poetas que quiserem participar do debate comuniquem se conosco. As inscrições deverão ser feitas enviando um e-mail para marcaspoeticas@gmail.com Assunto: INSCRIÇÃO ENCONTRO PAULISTA Dia 25/09/2010 9:00 – 10:15 – Recepção, com Luli Coutinho entrega de crachas 10:15 – 10:30 – Abertura do evento por Marisa Cajado, Cônsul para o Estado de São Paulo. 10:30 – 11:30 – Composição da mesa 11:30 – 12:15 - Debate sobre: A posição do poeta na sociedade O mercado editorial e a publicação da poesia 12:20 – 14:00 Pausa para almoço (Almoço livre mas estamos vendo um restaurante que nos dará descontos) 14:00h – Apresentação de Luli Coutinho, Cônsul da Cidade de São Paulo. 14:15 as 17:00h Grande sarau direcionado com show e apresentação dos poetas presentes 17:00h as

A 'ARCAH' DO TEMPO

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A “ARCAH” DO TEMPO Aparecido Donizetti Hernandez Conheci Hanna nas viagens pela "nau" da internet. E quantas coincidências: tínhamos os mesmos sentimentos; cruzamos, sem saber, as mesmas esperanças de viajarmos no tempo. Na verdade, imaginávamos mesmo antes de nos conhecermos, termos estado em outros lugares, em outros momentos, onde corríamos juntos aos campos de girassóis da antiga Rússia dos Czares. Imaginávamos antes mesmo de nos conhecermos ter caminhado na gélida retirada das tropas de Napoleão. Tínhamos combatido a invasão dos Cristãos contra os Mouros, dançado sob o som de violinos nos acampamentos ciganos, divertido-nos em nossa tenda. Viajamos juntos às profundezas, onde nos conhecemos ainda na formação da Terra, vindo de outra Galáxia nas curvas de tempo. Caminhamos na tênue linha que separa a loucura da razão, enfrentamos juntos a incompreensão de estarmos em outro tempo... e estivemos juntos na fogueira da Inquisição. Nessas viagens cavalgamos junto com Zeus

DESTERRO

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DESTERRO Aparecido Donizetti Hernandez Nuvem de desespero nesse desterro Onde não molho meus pés Nas águas do mar de minha terra. Não vejo mais as serras... Desterro que tirastes de mim A beleza de ver meus amores Ensejados na lavra do ouro Que corre junto co'a areia Na corrente das águas... Desterro que não permite mais Ver as casas de Vila Rica, Minha Igreja E a beira dos córregos repleta de gente Em busca de riquezas... Em esperança de deixar essa terra Que hoje sem ver as serras, sei que jamais a deixaria! Desterro que hoje somente savanas vejo Com sua fauna que nada lembra minhas matas E onde não há capivara e lobo-guará. Morrerei sem revê-la, Mas um dia meu corpo voltará a tocá-la, Mesmo que seja sem vida - Lá não serei esquecido, por lá ter nascido! - Hoje meu corpo vaga pelas savanas, Meus pensamentos vagam pelas serras da minha terra, Donde os rios em seu leito Carregam o ouro amarelo como o sol que queima essa terra.

BUSCA DA FELICIDADE

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BUSCA DA FELICIDADE Aparecido Donizetti Hernandez 07/Setembro/2010 – 15h03 Buscamos a felicidade... Qual felicidade? A felicidade que está relacionada ao que os outros vêem, Ou a felicidade de encontrarmos a paz interior?! Onde o que importa é o que interiormente sentimos e os outros não vêem... Qual o sentido da felicidade?... São os amores, as dores, as algemas que criamos em nós mesmos Atribuindo a outrem nossas decepções e angústias... O que é a felicidade?! É estarmos em paz Ou os outros acharem que estamos em paz?... A felicidade é a busca constante do aperfeiçoamento dos amores, A realização da sua própria divindade É conseguir não sucumbir às pequenas e grandes tentações... Tentações de encontrar a felicidade na infelicidade de vossos irmãos. Não podes esquecer que Deus fez de seu filho Homem, Que tentações teve, e usando de seu livre arbítrio, conseguiu não sucumbí-las. A felicidade está dentro de ti, Onde vossa realização somente é possível dentro da realização maior, É a rea

NOSSA RETINA

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NOSSA RETINA Aparecido Donizetti Hernandez Pelo que passamos juntos, Não há o controle do tempo, As nuvens que encobrem o sol Não encobrem sua luz, Não turvam o esplendor de seus raios E o calor que irradia. O tempo que temos juntos Não é controlado pelos ponteiros do relógio, Que delimita e tenta ser o controle do tempo. O tempo que estamos juntos é o que nossas retinas Guardam e guardarão por todos os tempos... Juntos somos como os raios do Sol, Sua esplendorosa luminosidade, Não como as nuvens que tentam Sem poder ofuscar esse brilho, Brilho que o relógio do tempo Transporta pela eternidade E viverá por todos os tempos...

MORRO DO ITAQUI

MORRO DO ITAQUI Aparecidfo Donizetti Hernandez Do alto do Itaqui avisto a parada de trem Com seus vagões transportando café, Trilhos que margeiam o Rio Barueri Mirim, Que recebe as águas do Sapiantã, Juntos indo ao Rio Tietê, De rumo inverso ao caminho dos trens que vão direto à procura do mar. Do alto do Itaqui avisto as árvores da Mata Atlântica com sua biodiversidade, E ouço o cantar dos pássaros... Avisto a Casa Bandeirantista no alto da colina, Circundada pela mata, ainda intacta, Vejo do alto do Itaqui a transformação Da antiga pedreira, que calçaram as ruas da Paulicéia em um conjunto habitacional... Vejo do Itaqui as casas surgirem como um passe de mágica, Mudando a paisagem, derrubando a mata, poluindo os rios, calando os passáros... Não vejo mais do alto do Itaqui os trens transportando café, Agora transportam pessoas que vêm e vão à procura do pão, E do vagão olham para o lado do Itaqui, mas ele não está mais ali, Para onde levam o Morro do Itaqui?...Que não está mais aqui

ESCUTA MEU AMOR

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ESCUTA MEU AMOR Socorro Lima Dantas Não sei por que, ao teu lado ainda estou, se estás sempre a me entristecer. Parece até que eu desejo este amor assim viver... ter você controlando o meu querer. Não sei por que, Demonstras estar realizado, em fazer o meu coração padecer, ver em meus olhos, lágrimas de angústia a derramar. Não sei por que, Sentes prazer, em indecisão me ver, arrastando-me para sobreviver, e a resistência do meu coração, em controlar as emoções. Não sei por que, insisto nesta dor permanecer, acorrentada a um amor que não me deixa viver, manda em meu querer e só me faz sofrer.

NÃO SEI PORQUE...

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NÃO SEI PORQUE... Socorro Lima Dantas Não sei por que, ao teu lado ainda estou, se estás sempre a me entristecer. Parece até que eu desejo este amor assim viver... ter você controlando o meu querer. Não sei por que, Demonstras estar realizado, em fazer o meu coração padecer, ver em meus olhos, lágrimas de angústia a derramar. Não sei por que, Sentes prazer, em indecisão me ver, arrastando-me para sobreviver, e a resistência do meu coração, em controlar as emoções. Não sei por que, insisto nesta dor permanecer, acorrentada a um amor que não me deixa viver, manda em meu querer e só me faz sofrer.

A PONTE DO AMOR ENCANTADO

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A Ponte do Amor Encantado Teka Nascimento Aquela linda ponte que foi construída alicerçada em doces emoções de amor Estava linda e concluída Sendo usada com muito carinho. Mas fortes vendavais sopraram com tanto vigor, que esta ponte encantada balançou. Neste balançar algumas marcas deixou. Mas ela é forte pois bem construída foi. Não se quebrou, é porque os amantes apaixonados deixaram nela gravada a marca da história desse amor. Hoje os amantes estão assustados Com esse vendaval arrebatador Cada um de um lado da ponte chorando de tristeza e dor. E a ponte encantada lá está, esperando para ser consertada Só depende desses amantes apaixonados Para gravar um novo conto de amor. L.Pta.14/08/2010

PRESENÇA DA AUSÊNCIA

PRESENÇA DA AUSÊNCIA Dueto Claudete Silveira / JJ( João Braga Neto) É possível estar ausente, estando o corpo presente? Depende infelizmente dos sentimentos da gente! Ausência da tua presença, ou presença da tua ausência? As duas levam a loucura, À insanidade , demência! Ausentava-me na tua presença, e presenciava a tua ausência. A primeira me doía; na outra não tenho crença! Ausência na presença Presença na ausência Distância da proximidade Nesse paradoxo, vivo; Estar só, Pra estar contigo!

IMPREVISÃO

IMPREVISÃO Basilina Pereira Na frente do espelho conspiramos: a imagem do outro lado nada revela. A dor, se menor que o dia, resvala por entre as raízes do silêncio e a alegria que desprende da luz embarca no carrossel de incertezas. O rosto, casulo de enigma, preserva o direito de sonhar: que as utopias todas escapam à previsão do tempo.

AUSÊNCIAS E MEDOS

AUSÊNCIAS E MEDOS Claudete Silveira Teu medo te faz refém da indecisão. Não te deixa dar vazão aos sentimentos Afasta-te de mim. Ausência aproximada Presença se faz assim. O teu silêncio me angustia, não sei mais viver o dia a dia. Tua presença faz parte da ausência existente em mim. Silêncio e abandono tristezas angústias que me tiram o sono. AUSÊNCIAS E MEDOS Teu medo te faz refém da indecisão. Não te deixa dar vazão aos sentimentos Afasta-te de mim. Ausência aproximada Presença se faz assim. O teu silêncio me angustia, não sei mais viver o dia a dia. Tua presença faz parte da ausência existente em mim. Silêncio e abandono tristezas angústias que me tiram o sono. 2009

OUTRA

°°◊◊◊°°◊◊◊°°◊◊◊°°◊◊◊°° OUTRA Clau Assi Trago em mim, de algum passado uma luz no olhar. Carrego no peito sonhos de amor, que o tempo preservou. Continua em mim, em tempos modernos, a mulher sonhadora. Outro corpo ...mesma alma. °°◊◊◊°°◊◊◊°°◊◊◊°°◊◊◊°°

SE VOCÊ PUDESSE...

SE VOCÊ PUDESSE... Claudete Silveira Ah! Se você pudesse compreender... ...meus pensamentos ler entender meus sentimentos ...em meus sonhos entrar e neles se ver... Ah! Se você pudesse... Certamente saberia A razão do meu viver...

TEMPESTADE DE AMOR

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TEMPESTADE DE AMOR Aparecido Donizetti Herrnandez Venta em minha vida a esperança, A esperança de a vida ser melhor, Um mundo onde os encontros não virem desencontros... A Vida seja onde o ser humano Acabe sendo um o complemento do outro, Um mundo onde todos tenhamos O pouco que seja o muito, pois é o suficiente. Venta em minha vida a necessidade de acreditar, Que o amanha seja hoje, Que possamos ter todos Uma tempestade de amor, carinho e solidaridade. Esse mundo construiremos hoje, na esperança do sempre...

TEUS OLHOS

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez TEUS OLHOS Lairton Trovão de Andrade Que doce expressão! Olhar sem malícia, Colírio dos olhos, Amor e carícia. Teus olhos são lindos, Tem puro fulgor, São cheios de vida, Traduzem amor. O amor dos teus olhos, Tão meigo e tão puro, É o sonho dos sonhos, Meu porto seguro. Se rola uma lágrima, Eu sinto tua dor; Recolho-a na alma Por causa do amor. Se tenho eu angústia, Se sofro de tédio, Procuro teus olhos, Pra ter meu remédio. Que doce expressão! Olhar sem malícia, Colírio dos olhos, Amor e carícia. Mas quanto sofreram Teus olhos, querida, E quantas injúrias Já viram na vida. Já foram bem tristes. Sem vida e calor; Agora estão vivos - Milagre do amor. Que cor tem teus olhos? São claros, escuros? - A cor é segredo Segredo, eu te juro! Embora distante Em meio ao pavor, Eu penso em

QUERO-TE ASSIM...

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez QUERO-TE ASSIM... Elisabeth Assad Quero a primavera, onde brotam flores, onde borboletas bailam, e andorinhas anunciam o entardecer que se aproxima. Quero poder ouvir o canto dos pássaros, que em sintonia, a ti receberia, diante desse jardim. Quero o brilho do sol das manhãs, o sorriso da criança inocente, e um amor amigo. Quero poder oferecer a ti, tudo que um dia sonhei para mim. Quero amar-te, como a mim mesma, e nenhum mal deixar te atingir Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

PROCURA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez PROCURA Valdir Merege Rodrigues Na procura louca e apesar de dura Encontrei você. Não sei por que, Pensei ter sido o amor tão procurado! Vão pensamento tolo derramado, Esparramado sobre o solo da vida De muitas e tantas procuras... Pensei, imaginei ser o seu esperado, Achado por tanto tempo sonhado. Como assim eu fizera por vezes acordado Em madrugadas frias na coexistência Do ser e querer, ter e poder ser amado... - Era só eu e mais ninguém! Mas, a procura era única e só minha. Inverti os fatos e as fotos da existência Que vivemos revelaram-se amargo fel E na fotografia tão fria da existência, Compus o retrato abstrato do meu achado... - Um terrível vazio! Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

O LAÇO DE FITA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez O LAÇO DE FITA Castro Alves Não sabes, criança? 'Stou louco de amores... Prendi meus afetos, formosa Pepita. Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?! Não rias, prendi-me Num laço de fita. Na selva sombria de tuas madeixas, Nos negros cabelos da moça bonita, Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem, Formoso enroscava-se O laço de fita. Meu ser, que voava nas luzes da festa, Qual pássaro bravo, que os ares agita, Eu vi de repente cativo, submisso Rolar prisioneiro Num laço de fita. E agora enleada na tênue cadeia Debalde minh'alma se embate, se irrita... O braço, que rompe cadeias de ferro, Não quebra teus elos, Ó laço de fita! Meu Deusl As falenas têm asas de opala, Os astros se libram na plaga infinita. Os anjos repousam nas penas brilhantes... Mas tu... tens por asas Um laço de fita. Há pouco voavas na célere valsa, Na valsa que an

VIA LÁCTEA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez VIA LÁCTEA Soneto XIII Olavo Bilac "Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto... E conversamos toda a noite, enquanto A via-láctea, como um pálio aberto, Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, Inda as procuro pelo céu deserto. Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?" E eu vos direi: "Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas". Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

DEVEMOS ACREDITAR NO HOMEM?

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DEVEMOS ACREDITAR NO HOMEM? Aparecido Donizetti Hernandez Como acreditar no Homem... A história da Humanidade está repleta de revoluções e conflitos, Conflitos de interesses e de poder do homem sobre o homem, Conflitos onde os vencedores impõem seus interesses e suas idéias sobre os vencidos, Onde os vencedores impõem até sua cultura e suas crenças. Mas essa não é a essência da natureza humana, O Homem não foi feito para cultivar a indiferença sobre os outros seres humanos, Não é ter a arrogância e o controle sobre outros, A essência do Homem é a solidariedade e o trabalho coletivo e o progresso mútuo. O homem criou as diferenças entre eles e cultivando o personalismo, Acredita que somente ele tem o direito sobre a Terra, Mas a Terra foi construída para ser compartilhada Por homens de diferentes pensamentos, Pelo menor ser vivo, mesmo microscópico. A Terra e os Homens foram criados um para ser complemento do outro, A essência do Homem está nos ensinamentos de Cristo, Que pregou e nos e

A SEMENTE

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez A SEMENTE Alba Albarello Semente, Que produz e cresce Acolhendo, Quem plantou o bem. A minúscula Semente Linda flor Do amanhã. Espalhar com amor, Como se estivesse Dando, O próprio coração. O sangue a regará, Onde Deus semeou amor, Se o grão resistir, abaixo da terra, Pacíficas em teus campos. Ao vento e a chuva, Recebendo o que o Outro dará, A alegria de crescer com amor. Se o grão resistir Doando mais vidas, Terá o vigor, A força e fecundar o chão. Que ao despertar germina, Semente, grão, Nascer botão, Da retidão. Vou multiplicar, Com as recordações Do meu passado, semeando, A expectativa generosa da serenidade. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

MEU VELHO

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MEU VELHO Aparecido Donizetti Hernandez Nascestes em Jahú, Filho de migrantes espanhóis, Muitos irmãos e irmãs, Todos lavradores da terra. Por que? Por que deixastes os lindos cafezais no Oeste Paulista? Abandonando sua enxada, Seu rastelo, Sua peneira sob a saia do pé de café... Rumo a Capital? Para transformar-se em operário? Para se encontrar? Por que deixastes os lindos cafezais paulista? Deixastes a roça... Mas não deixastes para trás A linda e meiga Rosalina, Arrastastes contigo, Para uma nova vida Ou para uma ilusão. Viestes, mas trouxestes junto Os conceitos pré-estabelecidos De patriarca, Quantas fábricas trabalhastes, Quantas fábricas! E a meiga e doce Rosalina, Quantas trouxas, quantos fardos de roupas Trouxe sobre a cabeça! Quantas noites e madrugadas Sentada à beira da máquina de costura, Quantos dias... Transformaram-se de lavradores em operários Valeu à pena? Valeu à pena! Construístes uma família, Vivendo foi rompendo Os preconceitos e criando outros conceitos. Deixou a

FRENTE A FRENTE

Frente a Frente. Delasnieve Daspet Eis-nos. Frente a frente. O mundo é redondo. Um dia poderia acontecer. Te fitei de longe. Ao teu lado, em teus braços, outros braços, não os meus; Outro corpo, não eu! Até este momento não tinha me dado conta de como é desconcertante olhar alguém que que já havia sido paixão. Estavas bem à minha frente - alheio a minha pessoa - sem perceber minha emoção. E eu te adivinhava. Teus pensamentos. Teus gostos. Teu cheiro. Teu hálito. Tiques.... sabia tudo de ti! Eis-nos! Tu, eu e ela. A uma curta distância, tão longe e tão perto. Tudo em ti ocupado: o coração e o lugar ao lado! Sempre pressenti que nada havia mas pensei que poderia mudar o curso da história. Continuei fitando sem ver... Buscava respostas que não existiam: Porque não tinha dado certo? Porque - nuvens negras? Porque - o impedimento? Porque - a indiferença? Te encontrar fez-me recordar das saudades e do querer - outra vez.... Vi que os fantasmas ainda estão insepultos! ...Talvez não tenha havi

AZUL NA POESIA

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez AZUL NA POESIA Úrsula Avner Em versos mudos destravei algemas Silêncio preso virou colibri Cauda longa de espátulas azuis trêmula ao vento da imaginação Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

BEIJO-TE

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez BEIJO-TE Efigênia Coutinho Ó tu que meus beijos queres, indaga ao beija-flor, não poupa este desejo pergunta se ele beija só flores rosa, ele dirá que beija a mulher mais formosa! O poeta que me beija, não por razão pouca beija o néctar da rosa por ser sua sina, Pois dar-te-ei o amor de que desejas duma rosa, alma gêmea, rainha e sina! Entoemos este vigor do Amar sentindo gula e gana de sonhar sem temor, saboreando a idéia... Poeta sabe e sente o Amor em sua mente e dentro do coração jogo ardente espargido outra cor! Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

ENTRELINHAS

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez ENTRELINHAS Lígia Antunes Leivas Na insensatez dos conceitos emergem desejos... Quebra-se o elo: desequilibra-se o universo. A expectativa antessonha auroras neste querer maior de peles de veludo unidas no desenho de nós mesmos. Na hora cálida da tarde atiçam-se todas as luzes... Um pouco de mim, de ti, de nós e a explosão de todos os sentidos. Cada espaço traz a medida certa ... um oceano cresce entre nossas vidas e nesta separação entre desenganos descubro-me atônita! Olhos ao longe (tão longínqua distância!...) Sou voz perdida, sou desterro sou muito menos agora que as entrelinhas desde poema... Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

A DANÇA DAS FLORES

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez A DANÇA DAS FLORES Gilberto Brandão Marcon Flor do jardim, flor que deveria ser da primavera, mas que preferiu enganar as estações. Leve flor carregada pelo vento. E nele desliza como que em delicada dança, Flor que teve por par a brisa. Brisa que acalmou o vento, do som que se escondia no silêncio, dos segredos que, embora ditos, somente foram ouvidos pelos que tinham ouvidos de ouvir, pois que escutavam com a alma, pois que conheciam os caminhos do coração. Flor que é delicadeza no botão, e esplendor no seu momento mágico. Flor que decora o circo da vida, onde os pecados convivem com as virtudes, onde o perdão os liberta, e os transforma em sementes renovadas Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

CELEBRO A VIDA E AGRADEÇO A DEUS

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CELEBRO A VIDA E AGRADEÇO A DEUS Tânia Sueli Oliveira A vida é a coisa mais linda, que nos proporciona emoções diversas, alegres ou tristes, docinhas ou azedas, cor-de-rosas ou cinzas! Não importa e nem incomoda nada que tente atrapalhar nossos caminhos... se tivermos Jesus no coração e acreditarmos no melhor sempre ! Quem tem fé, não teme ! Quem age com o coração, amor, vencerá sempre !!! Não percamos as esperanças e jamais deixemos de sonhar ! São tantos os conflitos, espinhos... que surgem cada dia, apenas nos dando forças pra seguirmos com coragem e convicção de que venceremos !!! Vitórias somente com Deus e Jesus! *** Marília-SP/Brasil http://oamornaopodeacabar.blog.terra.com.br/

ORVALHO

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ORVALHO Aparecido Donizetti Hernandez 04/Agosto/2010 - 15h49 Nessa noite fria que te espero Vem a esperança de te ver como antes, Como antes de perderes a ingenuidade... Nessa noite fria cai o orvalho Esbranquiçando os campos, Campos que quando raiar o Sol Refletirá a luz em suas gotículas, E verei em cada uma seu rosto a refletir a saudade, A saudade dos tempos que corríamos À procura de uma vida sem dissabores... Onde reencontrarei aquela antiga ingenuidade que tínhamos, Como se os campos eram o nosso mundo, Mundo que deixamos o Sol queimar, como queima as folhas Molhadas do orvalho que o sereno deixou...

ABISMAL

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez ABISMAL Helena Kolody Meus olhos estão olhando De muito longe, de muito longe, Das infinitas distâncias Dos abismos interiores. Meus olhos estão a olhar do extremo longínquo` Para você que está diante de mim. Se eu estendesse a mão, tocaria a sua face. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

O AMOR

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A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança. Aparecido Donizetti Hernandez O AMOR Lucas Lira Quem é ele? Onde ele está? Ele não tem forma, Nem tem padrão... Onde ele está escondido então? Deixe-me vê-lo por um segundo, Para eu poder ser Maior que o mundo; Se eu for, Se eu tiver todo o universo, Mas não tiver você, Quem eu serei? Ninguém. Onde eu estarei? Estarei aqui E em nenhum lugar também. Quanto mais me atrevo a chegar perto dele, Menos o entendo. E aí me pergunto Me pergunto por que ainda tento? Me pergunto por que não me contento? Me pergunto por que quero viver? E o porquê vos lhes digo: Eu simplesmente quero viver, Porque eu adoro morrer. Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez ------------ Lilian Regina de Andrade

SUAVE AMOR

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SUAVE AMOR Aparecido Donizetti Hernandez L evemente instalastes nos rumos da vida, I nstantaneamente como a L ua que surge quando o Sol se põe. I mpulsivamente como acontece o A mor, em um segundo como o vento leva às N uvens. R uidosamente como o vendaval, você me E nloquece, tirando de mim os G emidos da minha I ntranquila dor, levando-me a N avegar nas Á guas tranquilas do amor... A mor de tranquilo ardor,onde N avego D iuturnamente meus sonhos R udes de angústias de nosso A mor. D ilacerando o meu coração, mantendo a E sperança de viver sem dor.

JEITO DE MATO

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JEITO DE MATO Composição: Paula Fernandes De onde é que vem esses olhos tão tristes? Vem da campina onde o sol se deita. Do regalo de terra que teu dorso ajeita. E dorme serena, no sereno e sonha. De onde é que salta essa voz tão risonha? Da chuva que teima, mas o céu rejeita. Do mato, do medo, da perda tristonha. Mas, que o sol resgata, arde e deleita. Há uma estrada de pedra que passa na fazenda. É teu destino, a tua senda onde nascem tuas canções. As tempestades do tempo que marcam tua história, Fogo que queima na memória e acende os corações. Sim, dos teus pés na terra nascem flores. A tua voz macia aplaca as dores E espalha cores vivas pelo ar. Sim, dos teus olhos saem cachoeiras. Sete lagoas, mel e brincadeiras. Espumas, ondas, águas do teu mar...

HARMONIA

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Harmonia Delasnieve Daspet Entre as nuvens espalhadas pelo tempo Pequenas estrelas salpicam o firmamento... Chega a noite. Descerro o véu da memória, Já não recordo as mágoas, Contemplo a harmonia do dia Cheio de sol. Ao longe – o firmamento se junta ao cerrado, O céu nas cores infinitas do crepúsculo, Se une a verdura de nossas matas. Ipês floridos, Mesclam de suave tonalidade, A paisagem recortada no horizonte, Pelos traços da natureza. Aqui, encontro a plenitude! Nos campos cultivados, Nos chapéus de palha, Nos odores, No peão de pele crestada, Do gado pastando, O bambu choroso a cada carícia do vento... Aqui, é o reino da paz! Os pássaros melodiosos, em sinfonia, Calam em meu ser. Circula em minhas veias, Irmanados aos ventos, às águas, ao sol, aos animais, Um cântico de graças ao Criador! DD_Campo Grande-MS 9.02.10